Pacientes e alunos da Associação Pestalozzi Resende, no Sul do Rio de Janeiro, podem ter o atendimento comprometido devido a um problema financeiro. A unidade parou de receber verba estadual em janeiro, perdendo R$ 22.800 por mês — metade de toda a receita. O dinheiro era utilizado para pagar a energia elétrica, encargos trabalhistas e os funcionários, que estão há dois meses sem salário.
"O estado alega que não tem recurso, mas ele promete. Ele faz promessas e, nessas promessas, a gente sente nitidamente que está sendo enganado. Enganado porque, em março, ele disse que [a verba] ia sair dia 7, não saiu; disse que ia sair dia 17, não saiu; disse que ia sair dia 27, também não saiu. E agora nos prometeu para o dia 7 de maio, então para 7 de maio estamos aguardando", disse a presidente da Pestalozzi, Célia Regina Ribeiro de Freita.
O dinheiro fornecido pelo estado era resultado de um convênio com a Fundação para a Infância e Adolescência (FIA). Sem ele, a dívida da Pestalozzi ultrapassa os R$ 90 mil. Em janeiro e fevereiro os pagamentos foram efetuados com recursos próprios, arrecadados em eventos promovidos ao longo de 2014, porém em março essa verba acabou. Não há risco da associação — que tem 238 alunos — fechar as portas porque todo o setor pedagógico é sustentado por recursos municipais, mas os tratamentos clínicos podem ser comprometidos.
Segundo a diretoria da Pestalozzi, se a contribuição do estado não chegar até o fim da semana, atendimentos de psicólogo, fonoaudiólogo, assistente social e fisioterapeuta serão suspensos. Isso vai prejudicar 138 pacientes entre zero e 18 anos.
"[Sem atendimento] vai dificultar muito, porque a gente precisa do atendimento para o desenvolvimento deles. O meu filho tem síndrome de Down e precisa muito dessa ajuda", contou a dona de casa Angélica Coutinho Resende. "Ele tem mostrado melhoras e, se for cortado, o tratamento vai regredir".
Fonte: http://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2015/05/problema-financeiro-ameaca-associacao-pestalozzi-de-resende-rj.html
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