terça-feira, 14 de agosto de 2018

SÉRIE: CONHECENDO OS CANDIDATOS DO ESTADO DO RJ - MARCELO CALERO



Marcelo Calero Faria Garcia (Rio de Janeiro, 7 de julho de 1982) é um advogado, diplomata, palestrante e político brasileiro. Filiado ao PPS desde março de 2018. Em 2016, foi nomeado Ministro da Cultura, do governo Michel Temer e ficou no cargo por pouco menos de seis meses. Deixou o ministério após denunciar forte pressão para rever um parecer técnico desfavorável a interesses pessoais do então ministro-chefe da Secretaria de Governo do Brasil, Geddel Vieira Lima.

Carioca, nasceu no Hospital de São Francisco da Penitência, no bairro da Tijuca. Filho de Maria Teresa, professora, e Raul, engenheiro, família de classe média, aprendeu desce cedo os valores do trabalho e da honestidade. Estudou no Colégio Marista São José e, posteriormente, no Colégio Santo Inácio, formação católica que teve relevante papel na moldagem de seu caráter. Em 2004, graduou-se em Direito, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro(UERJ). Atualmente, é mestrando em Ciências Políticas pelo Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IESP/UERJ).

Começou sua vida profissional como estagiário na multinacional de telefonia e tecnologia Nokia, sendo efetivado como advogado após concluir sua graduação. Aprovado em concurso da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), atuou como agente executivo, no ano de 2006. Prestou concurso para a Petrobras, onde, aprovado, atuou como advogado, entre 2006 e 2007. Mesmo tendo que dividir o seu tempo entre o trabalho e os estudos, em 2007, foi aprovado em quinto lugar no concurso para o Instituto Rio Branco, considerado um dos mais difíceis do país, realizando o seu sonho de ser diplomata. Após o curso de formação em Brasília, foi lotado no Departamento de Energia do Itamaraty, depois atuando na Embaixada do Brasil no México.

Em 2013, após indicação de um embaixador com quem trabalhara, foi cedido para atuar na Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, assumindo o cargo de coordenador-adjunto de Relações Internacionais. Naquele cargo, participou da organização da Jornada Mundial da Juventude (2013), cujo ponto alto foi a visita do Papa Francisco em sua primeira viagem internacional como Pontífice. Foi convidado pelo prefeito a assumir a presidência do Comitê Rio450, órgão criado pela gestão municipal para organizar a celebração do aniversário de 450 anos da cidade, com um calendário de mais de 600 eventos comemorativos. Nesse período, lançou o Passaporte dos Museus, que dava descontos ou gratuidades em mais de 40 equipamentos à população.

Na sequência, foi convidado a assumir a Secretaria Municipal de Cultura (2015). Em sua atuação à frente da pasta, foi responsável por projetos como: o Ações Culturais, que, com investimento total de R$ 4 milhões, financiou 85 iniciativas de pequeno porte pela cidade; as Areninhas; as Bibliotecas do Amanhã, equipadas com acesso gratuito à internet, programa educativo de excelência e grade de eventos sócio-educativos; a reforma e inauguração dos teatros Serrador e Ziembinski; a recuperação do Museu da Cidade, reaberto poucos meses após a saída de Calero do cargo; e, seu feito mais memorável, a entrega do Museu do Amanhã, na Zona Portuária do Rio. Projetado pelo espanhol Santiago Calatrava, é uma das joias arquitetônicas da cidade, sendo referência cultural em todo o mundo e tendo se tornado o museu de maior visitação no país.

Deixou a secretaria municipal para assumir a Secretaria de Cultura do Ministério da Educação, mas ainda antes de sua posse a pasta recuperou o status ministerial, com a recriação do Ministério da Cultura.

Assumiu o cargo do ministro de Estado da Cultura em maio de 2016, nele permanecendo por cinco meses e 28 dias. Em 18 de novembro de 2016, pediu demissão do cargo, após denunciar tentativas de interferência em assuntos da alçada de sua pasta. Na ocasião, afirmou à Polícia Federal ter sido fortemente pressionado por Geddel Vieira Lima, Temer e outros membros do governo a rever decisão técnica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), negando licença para um empreendimento imobiliário na Bahia, no qual Geddel possuía um apartamento. Geddel negou a acusação e o porta-voz do Governo Michel Temer negou que o presidente houvesse pressionado o ex-ministro a tomar decisão que "ferisse normas internas ou suas convicções", apesar de confirmar reuniões de Michel Temer e Calero para "solucionar impasse" com Geddel. O episódio, no entanto, resultou no pedido de demissão de Geddel, abrindo espaço para sua posterior prisão, em decorrência da perda de seu foro privilegiado. O caso teve repercussão internacional, abrindo a maior crise do Governo Michel Temer.

Concorreu a deputado federal pelo PSDB em 2010, obtendo 2.252 votos. Em 2018, filiou-se ao PPS, tornando-se pré-candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro para as eleições de 2018.

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