Comerciantes do bairro Paraíso, em Resende (RJ), estão se queixando da mudança do trânsito no local, realizada há aproximadamente 15 dias. Eles alegam que as modificações trouxeram insegurança e queda no movimento das lojas da rua São Jorge, que passou a ser mão única e teve a proibição de estacionamento próximo à calçada.
"Meu freezer está vazio, não tenho dinheiro para comprar mercadoria e também não vem ninguém mais tomar cerveja, não vem ninguém mais almoçar, porque não poder para mais carro na rua. Eu fui prejuficada e muito", desabafou Josefa Nascimento, proprietária de um restaurante no bairro há um ano, que viu o lucro diário cair de R$ 400 para R$ 80.
Além da falta de clientes, Josefa passou a conviver com a insegurança. "O cara me rendeu, passou a faca na minha boca, um canivete. Meu marido estava aqui e ainda me socorreu. E se ele não estivesse aqui? Eu sempre fiquei aqui sozinha e nunca aconteceu nada. Por causa dessa rua não tem movimento mais. Não tinha carro na rua mais, não tinha ninguém para tomar uma cervejinha aqui. Sempre tinha alguém", reclamou. A Polícia Militar, no entanto, não tem registro de casos semelhantes na localidade.
A nova medida trouxe problemas também para o lojista André Luiz Neves Biochini. "Os carros não podem mais parar. Geralmente vão em outro lugar, buscam outras lojas que tenham o estacionamento para parar", argumentou André Luiz, que é proprietário de uma loja de materiais de construção.
Sobre os problemas informados pelos comerciantes, o chefe de gabinete, Jayme Mattos, explicou que eles podem procurar uma solução junto ao poder publico. "A prefeitura está aberta ao diálogo. Existe um plano de urbanismo na região, infraestrutura, que virão tão logo fique consolidada a mudança", disse.
Ainda segundo Jayme, apesar das reclamações, a mudança tem sido positiva. "Nós fizemos a mudança, precedida de reunião com a comunidade. A população como um todo e os próprios trabalhadores de fábricas que se deslocam para Resende têm reportado que estão chegando em casa mais cedo", contou.
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