O presidente da MAN Latin America, Roberto Cortes, e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, assinaram na quarta-feira, 23, um acordo que assegura os incentivos fiscais e financiamentos com taxas de juros diferenciadas para o desenvolvimento de novos produtos e ampliação da capacidade produtiva da fábrica localizada em Resende. Na ocasião, o executivo confirmou a continuidade do ciclo deinvestimento de R$ 1 bilhão para o período 2012-2016, anunciado pelo próprio Cortes há dois anos (leia aqui).
“O governo do Rio de Janeiro é mais uma vez nosso parceiro, agora nesse período de novos investimentos em Resende. É uma sequência a outro ciclo de igual valor que realizamos entre 2008 e 2011 e aumentará a geração de renda que promovemos na região desde novembro de 1996, quando inauguramos nossa fábrica no estado”, disse Cortes.
Metade desse aporte já foi aplicada na unidade entre 2012 e 2013. Neste período, a montadora, que detém a marca Volkswagen Caminhões e Ônibus, abriu uma nova linha responsável pela montagem do caminhão MAN TGX, além do desenvolvimento de uma nova geração de veículos e de seus motores, sustentado por pesquisa de tecnologias sustentáveis.
Este é o quarto grande ciclo de investimento que a fábrica de veículos comerciais recebe desde que iniciou suas operações, há 17 anos: neste período, as aplicações somam R$ 3 bilhões.
PARCERIA EM RENOVAÇÃO
A MAN aproveitou a cerimônia de assinatura do acordo para anunciar a venda de 200 caminhões para a empresa de logística JSL e para o Sindicarga (Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro), sendo cem unidades para cada. O negócio faz parte do programa de incentivo à renovação de frota do estado, lançado em fevereiro deste ano pelo governo local (leia aqui).
Como meta, o programa pretende reduzir de 17,1 anos para 12 anos a idade média da frota de caminhões, hoje composta por 137 mil unidades. Para isso, o governo oferece incentivos fiscais para a destruição de 40 mil caminhões, um terço da frota registrada no estado. Os veículos recolhidos serão transformados em sucata nas siderúrgicas credenciadas Gerdau e Votorantim.
Com o certificado de destruição em mãos, o caminhoneiro autônomo ou frotista estará habilitado para comprar, em concessionárias e fabricantes de caminhões do estado, um veículo novo com isenção de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O valor de face do certificado não poderá ser inferior a 7,8% do valor do caminhão novo. O proprietário do veículo também terá o direito a utilizar um crédito, equivalente aos 12% do valor do caminhão novo, para abater, em 48 parcelas, o ICMS a ser pago sobre as atividades do caminhão no Estado.