quarta-feira, 17 de maio de 2017

CHAMA O CAPITÃO NASCIMENTO (TEXTO ATUALIZADO)


Escrevi este texto em 2011, mas ele continua mais atual do que nunca. Então sempre é bom relembrar.
Se quem não mora na cidade de Resende for basear a segurança da cidade apenas pelas notícias que lê, diria que a cidade é muito violenta. Mas quem mora na cidade sabe que não é. A questão aqui, como na maioria das cidades é o tráfico de drogas e seus usuários.
Não se sabe o porquê Resende tem um plano de segurança que não funciona. Acontece que nos últimos meses os números de mortes por armas de fogo tem deixado a população preocupada. Estudantes que andam armados, menores que atiram em plena luz do dia, sem cerimônia fazem o medo brotar como uma erva daninha, no meio da horta. Dá até vontade que chamar o Capitão Nascimento (personagem interpretado por Wagner Moura no filme Tropa de Elite), acho que ele daria jeito nessa galera que insiste em perturbar nossa paz.
O que fazer para que a cidade saia dessa situação? O poder público insiste em dizer que está tudo sobe controle, mas controle de que? De quem? Da polícia, que muita das vezes faz bem o seu trabalho, ou dos marginais que a cada dia fazem do crime uma indústria organizada ao extremo?
Um jovem é morto durante o dia, pela manhã, tarde ou noite, no portão de casa ou próximo da escola, drogas são comercializadas dentro ou no portão das mesmas  e cadê a ronda escolar? Cadê a polícia? Cadê a segurança pela qual pagamos em nossos impostos? Até quando teremos que viver com medo de andar na rua, seja durante o dia ou noite, sozinho ou acompanhado, a pé ou de carro? Não dá mais!
Nossas ruas estão cheias pedintes, mendigos e marginais que ocupam o coreto da praça, as calçadas da rodoviária, as marquises das lojas, as ruas escuras e com matos altos de nossa cidade. Quantas tragédias terão que acontecer para que as autoridades tomem providências?
Quero minha cidade de volta! Quero andar na Ponte Velha sem ser parado por alguém que até assusta às vezes, pois não se sabe a intenção de quem se aproxima. Quero poder sentar na praça da Matriz à noite, com aquela “bela iluminação” sem ter medo de ficar ali, conversando com meus amigos. Quero poder abrir os jornais e ler que a cidade tem motivos para comemorar e que Resende é um lugar onde as pessoas vivem tranquilas. Quero poder escrever que aqui a gente vive feliz, que temos representantes que realmente representam o povo sem se esquecer para que e por quem foram eleitos, mas por enquanto, é apenas um querer.

Leandro Resende


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