quinta-feira, 4 de maio de 2017

Operação para desarticular associação criminosa cumpre mandado em Resende

MINAS GERAIS/RIO DE JANEIRO
Uma operação, deflagrada ontem pelo Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF), em Juiz de Fora - Minas Gerais, se estendeu ao Rio de Janeiro, tendo mandado executados, inclusive, em Resende, no Sul do Estado. O objetivo da operação Conectividade foi desarticular uma associação criminosa, que de acordo com as investigações, seria responsável por fraudes previdenciárias, que causaram prejuízo em cerca de R$ 2,8 milhões aos cofres públicos.
Foram expedidos, pela 2ª Vara Federal de Juiz de Fora, 11 mandados, sendo quatro de prisão, três preventivas, por prazo indeterminado, e uma temporária, por cinco dias, e oito de busca e apreensão. Além disso, estão sendo adotadas providências para o bloqueio de bens dos investigados. A operação aconteceu nas cidades mineiras de Além Paraíba e Juiz de Fora, e em Sapucaia, Nova Iguaçu e Resende, no Rio de Janeiro. Foram também realizadas diligências no Recreio e em Duque de Caxias. Há indícios ainda que a quadrilha agia também em outros municípios.
De acordo com o Ministério Público Federal em Minas Gerais, inicialmente, as fraudes foram constatadas, pelo próprio Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), após o exame de aposentadorias e pensões concedidas em Além Paraíba, Minas Gerais. Dos benefícios auditados, 59 são objeto da investigação criminal. Em todos, a concessão se baseou em falsos períodos de trabalho e contribuição informados, tardiamente, por meio de Guias de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIPs) extemporâneas. Os crimes envolveram, também, a falsificação de documentos, a exemplo de contratos de prestação de serviços, recibos de pagamentos e declarações de imposto de renda.
Com o aprofundamento da investigação, com base em quebras de sigilo de dados telemáticos e bancários autorizados judicialmente, foi constatada a participação, no esquema, de servidor público, escritório de contabilidade, despachantes, procuradores, falsários e aliciadores de segurados da Previdência Social, interessados em se beneficiar das fraudes. Além disso, os agentes verificaram que quando as aposentadorias e pensões eram concedidas, os beneficiários contraíam empréstimos consignados em valores elevados, com os quais efetuavam pagamentos aos membros da associação criminosa.
As investigações continuam, para buscar outros benefícios previdenciários. A cessação desses benefícios auditados representará uma economia de cerca de R$ 32,8 milhões aos cofres da Previdência Social, considerando a expectativa de vida dos beneficiários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
AÇÃO
De acordo com informações da Secretaria de Previdência, a operação ontem contou com a participação de 48 policiais federais e dois servidores da inteligência previdenciária da Secretaria de Previdência. O nome da operação tem relação com o canal eletrônico obrigatório para o envio de informações ao Fundo de Garantia de Tempo de Serviço e à Previdência Social (FGTS), para Caixa Econômica Federal, por meio de um agente operador do fundo e as empresas, escritórios de contabilidade, sindicatos, prefeituras e outros entes. 
Fonte: http://avozdacidade.com/site/noticias/policia/58337/

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