segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Defesa Civil prepara ação para período de chuvas


A região turística da Serra da Mantiqueira tem se mobilizado para evitar transtornos com o período de chuvas. Segundo o coordenador da Defesa Civil de Resende, Marco Antônio de Resende Passos, foi efetivado na última semana um consórcio entre o município e as cidades de Itatiaia e Bocaina de Minas (MG), para a implantação de um plano de emergência conjunto.
Conforme destacou o coordenador, a prefeitura de Resende investiu 60 mil reais em equipamentos para o órgão. A cidade também recebeu a instalação de uma estação meteorológica e, segundo Passos, a expectativa é que outro aparelho seja adquirido. 
A preocupação no município é que as enchentes ocorridas no rio Sesmaria, nos meses de maio e dezembro do ano passado, não se repitam. De acordo com Marco Antônio, a prefeitura solicitou ao governo federal recursos para recuperar as áreas degradadas. A empresa vencedora do processo de licitação desistiu de fazer a obra e foi necessário realizar um novo processo licitatório, previsto para o início do mês de outubro.
- Foram solicitados 21 milhões de rais, mas recebemos cinco [milhões] - declarou. 
De acordo com o secretário, o governo municipal investiu recursos próprios nas obras de reparo, retirada de lama e limpeza da cabeceira dos rios.
Ele afirmou, ainda, que a população residente na proximidade dos rios foi catalogada pela Defesa Civil. A ideia é emitir um sinal de alerta para diminuir os efeitos destrutivos das águas. Segundo o coordenador, a falta de um instituto de hidrologia dificulta o trabalho de prevenção.
- Quando chove muito em São José do Barbeiro, na nascente do rio Sesmaria, somos avisados pela Defesa Civil da cidade. A partir do momento do alerta, temos de duas a três horas antes que Resende sofra com o alagamento - disse.
Depois de recebido o sinal de alerta, as comunidades em locais críticos são avisadas e removidas do local.
- O bairro Ipiranga foi o mais castigado durante as últimas inundações. Estamos atuando para que a própria população esteja envolvida no trabalho de prevenção - afirmou.
Conforme destacou Marco Antônio, não é possível recuperar toda a área degradada, principalmente porque a verba necessária para execução do trabalho não foi disponibilizada integralmente. Mesmo assim, a dragagem do rio contribuirá para reduzir o impacto da natureza e diminuir os transtornos e prejuízos da população.
No início de 2011 a Prefeitura de Resende efetivou um convênio com o DRM (Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro), que contratou uma empresa para mapear a cidade. O objetivo do estudo foi identificar os riscos geológicos e de deslizamentos. Segundo Resende, o contrato foi cancelado antes do término do trabalho.
- Receberemos o resultado das analises em outubro. Paralelo a isto, a prefeitura fez um estudo tendo como base a experiência de deslizamentos e áreas alagadas - declarou.
Os estudos implementados pela Defesa Civil foram incluídos no Plano Diretor de Resende. Desta forma, qualquer novo empreendimento a ser construído nas áreas só poderá ser realizado após o aval da Defesa civil. 
- Não podemos prever o comportamento da natureza. Com todas as mudanças climáticas, os eventos se tornaram mais severos. Acompanhamos países bem estruturados passando por situações calamitosas devido aos desastres naturais. O nosso trabalho é preventivo, com o intuito de evitar o pior - finalizou.




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