O prefeito de Resende, José Rechuan (DEM), que anunciou segunda-feira (26) sua ida para o PP nos próximos dias, afirmou que não descarta a possibilidade de se aliar com o PT ou o PMDB. Para o prefeito, o processo democrático passa por uma soma de forças, colocando o benefício da população acima das disputas eleitorais.
- Possibilidade de aliança existe com PMDB, com PT. Em política a gente tem que começar a pensar em aglutinar, somar força. Os cidadãos esperam isso e com o processo democrático a tendência é ter menos partidos e mais uniões. A possibilidade existe com todos - disse o prefeito.
Segundo Rechuan a mudança de partido se deu por uma necessidade de se aproximar da base aliadas dos governos estadual e federal, embora não tenha sofrido pressão por isso.
- A gente precisava estar mais próximo dos governos estadual e federal e proximidade é uma condição política, não eleitoral. Poder estar mais próximo ajuda a trazer mais investimentos para Resende, houve a necessidade de mudar. Nunca fui pressionado a isso e a decisão não foi tomada visando a questão eleitoral - frisou Rechuan.
Ontem (26), durante a cerimônia em que foi feito o anúncio, Rechuan afirmou que sempre foi muito bem tratado pelo senador Francisco Dornelles (PP) e que quando ia a Brasília a comitiva resendense usava o gabinete do senador como quartel general. Dornelles, em contrapartida, respondeu aos comentários acrescentando que no governo do estado a situação não é diferente.
- Ainda hoje (segunda-feira), eu almocei no Palácio das Laranjeiras com o governador Sérgio Cabral (PMDB). Quando falei que estaria em Resende à noite para confirmar a entrada do Rechuan no PP, o governador disse o seguinte: dê um abraço no Rechuan. E fala que estou com ele, e não abro - declarou Dornelles.
Para Rechuan, os partidos que fazem parte da base aliada do governo são os maiores amigos de Resende.
- Para modificar a cidade é necessário o apoio de todos os deputados e ministros desses partidos e estou tendo isso. O maior amigo de Resende, hoje, é o deputado federal Pedro Fernandes, por exemplo, que é do PMDB. Então com todas as siglas há conversas no sentido de trazer desenvolvimento, igualdade social, educação, Saúde para Resende e por isso os políticos precisam se entender - afirmou o prefeito.
O prefeito de Resende defendeu ainda as políticas continuadas de governo, em que um mesmo grupo participa de várias gestões seguidas, como maneiras de melhorar os investimentos.
- Defendo a união entre os partidos para que possamos fazer uma política continuada de governo. O PTB, o PV e o PT, por exemplo, eram oposição a mim e hoje estão conosco. Resende precisa de uma política continuada de investimentos, como acontece em vários municípios: Volta Redonda, Barra Mansa, Piraí - avaliou.
Sobre a saída do DEM, mais uma vez Rechuan fez questão de dizer que não ficaram mágoas e que conseguiu um bom entendimento com o partido.
- Estamos em processo de desfiliação do DEM, um processo de 48 horas, de acordo com os processos legais. Conversei com o pessoal do DEM e não tenho inimizade com ninguém. Tenho muito carinho pelas pessoas que lá estão, tenho amizade com o César Maia, o Rodrigo, a nossa relação pessoal é muito boa. O César é um político brilhante de grande experiência e aprendizado. Falei que havia a necessidade e decidimos a saída. Não teve estresse - garantiu.
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