Os preços médios do etanol e da gasolina, levantados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), apresentaram redução na maioria das cidades da região em agosto. Para quem tem veículos flex - que podem usar qualquer desses combustíveis, ou uma mistura dos dois - a gasolina continua vantajosa, por gerar um menor preço por quilômetro rodado. Em nenhuma cidade da região, o quilômetro rodado com álcool custa menos do que o quilômetro rodado com gasolina.
A gasolina ficou mais barata em Barra do Piraí, Barra Mansa e Três Rios, subindo de preço em Angra dos Reis, Resende e Volta Redonda. A maior queda foi registrada em Barra do Piraí (-0,20%), e a maior alta, em Angra dos Reis (0,78%). O município da Costa Verde tem o maior preço médio da região para o derivado de petróleo (R$ 3,231), enquanto o valor mais baixo é cobrado em Resende (R$ 2,878).
O etanol baixou em Angra dos Reis, Barra Mansa e Três Rios, ficando mais caro em Barra do Piraí, Resende e Volta Redonda. O preço médio mais alto para o biocombustível foi registrado em Angra dos Reis (R$ 2,472) e o mais baixo, em Barra Mansa (R$ 2,179).
Expectativa
Os preços do etanol podem sofrer uma queda significativa no Estado do Rio, a partir de setembro. O governo fluminense desonerou, por meio de decreto assinado em 29 de agosto, a indústria do etanol no estado. A medida reduzirá o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do setor de 24% para 2%, e visa a aumentar a produção estadual, que não supre a demanda interna.
O Rio produz apenas 0,5% da produção nacional, cerca de 70 milhões de litros de etanol, no entanto consome 5% do que o país produz. Houve no estado um processo de diminuição da produção de cana-de-açúcar desde a década de 1970, o que resultou na existência de diversas usinas desativadas na região de Campos dos Goytacazes.
Segundo o secretário estadual de Agricultura, Alberto Mofati, a medida visa ao aumento da área plantada e a viabilidade da produção de álcool em usinas fluminenses, hoje restritas a apenas quatro plantas industriais.
O secretário destacou a necessidade de aumento de produtividade para o setor, que hoje supre 14% da demanda estadual. De acordo com o secretário, essa participação só não é ainda menor porque o Rio reduziu o nível de consumo de etanol.
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