Estava
tudo indo bem, como em um grande roteiro de sucesso de uma novela da Globo, mas
para dar mais emoção a estória, como em uma grande trama de Silvio de Abreu,
duas situações impedem, por hora o anúncio oficial de que Luciano Huck (sem
partido) é pré-candidato à presidência do Brasil em 2022.
Luciano
Huck tem sido sondado e conversado com lideranças do DEM e do Cidadania, porém
deve ser a Vênus Platinada a possível vencedora dessa disputa, isto porque como
na política tudo muda, na programação da Globo também. 2020 foi um ano de
superação e todos concordamos que 2021 seria bem melhor e sem surpresas, mas
logo de cara fomos surpreendidos com o anúncio do fim da parceria Globo e
Faustão. Faustão e a direção da casa não chegaram a um acordo em relação ao
novo horário de seu programa, onde ele sairia das tardes de domingo e iria para
as noites de quinta e ambos acharam melhor pela não renovação de contrato ao
final deste ano. O futuro de Fausto que tem o horário mais nobre da televisão
brasileira ainda é incerto, mas após 32 anos e milhões no bolso é possível que
ele tire umas longas férias.
Voltando
a Luciano Huck, com a saída de Faustão, todos na Globo concordam que o marido
de Angélica seria o substituto natural, além de ser um sonho de qualquer
apresentador em se tornar o “rei do domingo”. Para que Luciano antecipe a sua
decisão da renovação de contrato (que chega ao fim em julho) está sendo montado
um grande esquema de convencimento para fazer com que o dono do Caldeirão
desista de entrar para a política de vez. Luciano já teria sido chamado para
substituir com um salário fixo de mais de 3 milhões de reais, mais participação
nos anúncios do programa. Claro que Luciano não precisa de dinheiro e esse
valor apesar de bem alto, ainda mais pelo atual momento da emissora e do
Brasil, não é a única conversa entre apresentador e emissora, mas 3 milhões,
são 3 milhões. Nos bastidores, entre os comentaristas e cientistas políticos,
comenta-se que o cenário eleitoral do ano que vem ainda está bem indefinido,
mas com uma leve vantagem de Bolsonaro e ainda não se pode cravar um segundo
turno entre o capitão e o PT, o que faz com que o cenário esteja bem aberto. A
questão é Globo não quer correr o risco de perder, ainda mais para o
presidente, que declaradamente é seu inimigo, mas a verdade é que uma derrota
de Huck deixaria a Globo ainda mais fragilizada. Na casa dos Marinho a certeza
de que Luciano seria o novo “rei do domingo” não deixa dúvida de que seria a
oportunidade da emissora reerguer-se, uma vez que os ganhos com os patrocínios
de domingo tem um impacto significativo na folha da ainda poderosa das
comunicações. Por outro lado, com a instabilidade na política, muitos acreditam
que Bolsonaro entrará o ano de 2022 mais enfraquecido do que este ano, mas é
impossível saber se será o suficiente para que perca a eleição. Então a missão
é convencer Huck a não trocar o sucesso certo nas tardes de domingo pelo
incerto no Palácio do Planalto, o que arranharia a sua imagem e a da empresa
dos Marinho.
Porém
engana-se quem pensa que apenas a proposta da Globo é o motivo para que Luciano
deixe de ser candidato. A decisão de um homem está fazendo Huck adiar o máximo
esse anúncio, apesar de toda pressão de todos os lados. Sergio Moro (sem
partido) apesar de não dizer publicamente é um forte candidato a ser
pré-candidato à presidência da república e o único que está atualmente no mesmo
patamar de Luciano Huck, ambos são populares, conhecidos nacionalmente e com um
bom potencial já na largada. A questão é que Moro também pode estar esperando o
desenrolar dos acontecimentos em relação as denúncias e o fim da Lava-Jato.
Dependendo do andamento Moro pode ser enfraquecido, como alguém que ajudou a
manipular as operações de forma errada ou ser fortalecido e sair como uma
vítima da perseguição de um governo que quer sua cabeça e caso isso aconteça
creio que a pressão será muito grande para que ele aceite o papel de
protagonista. Com isso a decisão de Hulk pode estar muito ligada ao caminho de
Moro, uma vez que Doria (PSDB), apesar do sucesso da vacina está ficando
isolado, até mesmo dentro do próprio partido e vem perdendo a simpatia do povo.
Com o enfraquecimento de Doria o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite
(PSDB) passou a disputar a vaga com o governador de São Paulo, mas Leite tem
contra ele ser um candidato “regional”, como dizem no meio político. Enquanto
Luciano não decide seu futuro o DEM tem um plano B, o ex-ministro da Saúde,
Luiz Mandetta (DEM), mas que abriria mão caso Huck fosse para o partido.
Paralelo a isso temos os nomes de sempre, mas nenhum deles, segundo
especialistas, chegam as sombras de Huck e Moro, ou seja, os dois podem decidir
o resultado da eleição do ano que vem sendo candidatos ou não, pois caso não
sejam, aumentam as chances do capitão Bolsonaro. É esperar pra ver se Luciano
consegue segurar as investidas da Globo antes de saber sobre o futuro de Moro.
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