No ano passado, uma semana depois do Dia dos Pais, eu perdi o meu pai.
É difícil escrever isso. Difícil aceitar, difícil entender. Porque a gente nunca está pronto pra perder quem ama. E, no fundo, acho que sempre acreditamos que teremos mais tempo. Mais uma conversa, mais um abraço, mais um domingo juntos.
Mas a vida… a vida não espera.
Desde aquele dia, eu tenho pensado muito sobre o tempo. Sobre o quanto ele é breve. Sobre o quanto a gente se ocupa com coisas que não importam tanto, enquanto deixa pra depois aquilo que realmente importa.
A dor da perda me ensinou — de um jeito duro — que viver é agora. Amar é agora. Valorizar as pessoas que estão ao nosso lado é agora. Não dá pra esperar o momento perfeito, porque ele talvez nunca chegue. E a verdade é que, muitas vezes, enquanto esperamos que algo aconteça, a vida está passando. A gente vai perdendo momentos preciosos… e nem percebe.
Hoje, o que eu mais queria era mais um instante com meu pai. Mais uma chance de dizer o quanto ele foi importante pra mim. Mas a vida tem seus próprios caminhos. E quando ela decide levar alguém, tudo o que resta é a saudade — e as lembranças do que conseguimos viver.
Por isso, se você me permite um conselho: abrace hoje. Ligue hoje. Diga que ama hoje. Não espere. Porque o tempo passa, as pessoas vão, e o que fica mesmo são os momentos que tivemos coragem de viver por inteiro.
A vida é breve. Mas o amor, quando vivido de verdade, é para sempre.
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