Em 15 de dezembro de 2024, quando Diogo Balieiro Diniz ainda era prefeito de Resende, RJ, o Ecoparque foi inaugurado no bairro Morada da Colina. Apesar de não estar totalmente concluído, o prazo apertado parecia pressionar o então prefeito a entregar a obra antes de passar o cargo ao seu sucessor, Tande Vieira, em janeiro de 2025. Com impressionantes 319.264 m², o maior parque urbano do Sul Fluminense foi projetado para oferecer lazer, esportes e preservação ambiental. Confesso, porém, que o alto custo do projeto, me deixou desconfiado, assim como muitos moradores que questionam a transparência e a prioridade desse investimento durante a gestão anterior.
Apesar das minhas ressalvas, não posso negar que o Ecoparque já atrai milhares de pessoas toda semana, tornando-se um ponto de encontro vibrante para famílias e esportistas, principalmente da Grande Alegria. No último sábado, 21 de junho de 2025, levei meus filhos para assistir à peça Pedro e o Lobo, do projeto Diversão em Cena, promovido pela Fundação ArcelorMittal em parceria com a prefeitura, e fiquei impressionado com a multidão. Famílias, crianças e idosos lotavam o espaço, aproveitando a estrutura e a apresentação gratuita, que ainda contava com acessibilidade em Libras. Foi uma cena que me marcou pela energia e pelo senso de comunidade.
O parque é bem equipado: conta com uma pista de caminhada, um lago, parquinho infantil, academia da terceira idade e iluminação com energia solar.
Ainda assim, o custo do projeto – estimado em milhões, me faz questionar se o dinheiro não poderia ter sido melhor investido em áreas como saúde ou educação. Muitos moradores também compartilham dessa dúvida. Por outro lado, a gestão do prefeito Tande Vieira defende o Ecoparque como um investimento de longo prazo, com potencial para transformar Resende em um polo turístico regional. Especialistas em urbanismo me disseram que, em 10 anos, as árvores ainda jovens do parque crescerão, formando bosques e jardins temáticos que tornarão o espaço mais atraente e sustentável. Isso me lembra o Parque das Águas, que, quando construído, tinha apenas mudas de árvores e enfrentou críticas, especialmente por estar ao lado de um hospital, o que limitava eventos devido ao barulho. Hoje, porém, ninguém parece se incomodar com isso, exceto os pacientes internados.
Sob o comando de Tande Vieira, a prefeitura segue investindo no parque, com obras visíveis e outras não. Apesar das polêmicas que ainda me incomodam, não posso negar o impacto positivo que já vejo no Ecoparque, com sua agenda cultural e grande adesão popular. Daqui a uma década, com a vegetação consolidada e a infraestrutura aprimorada, acredito que o espaço será um grande sucesso, superando as desconfianças iniciais e se tornando um orgulho para Resende e o Sul Fluminense. Um parque com uma vista linda da serra, me fez refletir sobre como Resende poderia ter mais espaços como esse, assim como acontece em Curitiba-PR, que também é reconhecido pelos seus belos parques municipais temáticos e com grande área verde.
Uma sugestão: com tantas pessoas frequentando o local, a prefeitura deveria instalar mais bancos, pois nem todos podem ou querem se sentar no chão.
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