Volta Redonda e Resende
A pensionista Regina Maria da Silva Rodrigues, de 58 anos, foi vítima do golpe de falso sequestro. Ela chegou a deixar, na terça-feira, R$ 500, um cordão de ouro e um anel de prata, cartão telefônico e uma máquina fotográfica, em um telefone público (orelhão), na rodoviária de Volta Redonda.
A iniciativa foi tomada após ter recebido uma ligação telefônica de um homem em seu apartamento, no Centro de Resende, informando que sua filha e os dois netos tinham sido sequestrados. O autor do telefonema chamou a pensionista pelo nome e fez com que ela ouvisse a voz de uma mulher chorando e que pedia socorro. Nervosa, sem conseguir se comunicar com a filha, a pensionista seguiu a determinação do chantagista.
Na rodoviária, o dinheiro e as joias foram pegos por um homem negro, que usava boné e casaco. O desconhecido ainda ficou observando Regina embarcar em um ônibus que a levaria de volta para Resende.
Segundo Regina, durante a viagem de volta para casa, percebeu que tinha sido vítima de um golpe e descobriu que a filha e os netos estavam bem. O delegado Márcio Drucker, da 89ª DP (Resende), onde o registro foi feito, acredita que o telefonema tenha sido feito por presidiário.
Já o delegado da 93ª DP (Volta Redonda), Adilson Palácio, poderá investigar - se confirmar a denúncia - de que falsos pesquisadores estariam colhendo dados em filas de cinemas da cidade. Os jovens seriam os alvos dos espertalhões.
Eles em posse das informações obtidas aguardam a vítima entrar para assistir ao filme e ligam para a casa da família, inventando um falso sequestro. Os estelionatários anotam nomes e números de telefones dos jovens, antes de eles entrarem para assistir à sessão de cinema.
Além disso, os jovens seriam orientados a não ligar os celulares, durante a sessão, para não atrapalhar o filme. Em seguida, como um filme leva cerca de duas horas de duração, os golpistas ligam para casa do entrevistado e mandam que seja depositado dinheiro em contas bancárias fornecidas por eles, para libertar o suposto sequestrado.
Geralmente, informam sobre as características físicas e como os jovens estariam vestidos. Com esses detalhes, os autores dos telefonemas convencem quem está sendo extorquido, que acaba cedendo à pressão. Segundo um policial, caso esse tipo de golpe estiver realmente ocorrendo na cidade, jovens devem questionar sobre quem vai entrevistá-lo e deixar os seus celulares no vibracall quando estiverem no cinema.
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