Cerca de 50 voluntários norte-americanos vindo de sete Igrejas Batistas do estado do Alabama - e outros grupos de voluntários brasileiros vindos dos estados de Santa Catarina, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Minas Gerais - reuniram-se na última semana no bairro Boa Vista II, em Resende, para erguer em apenas cinco dias a Igreja Batista da Congregação Esperança.
Dentre os voluntários foi possível encontrar homens e mulheres de todas as idades e das mais diversas profissões, desde jovens estudantes a professores, enfermeiros, nutricionistas, pedagogos, profissionais da construção civil e até um diretor acadêmico de uma universidade no Alabama, além de um especialista em pesca de camarão.
Mas, segundo o pastor da Igreja Batista das Agulhas Negras e coordenador das atividades dos voluntários no Brasil, José Tarcizio Pereira da Silva, a ação dos missionários não se restringiu à construção da igreja: eles também realizaram ações sociais no canteiro de obras no bairro e no Ciep 489 da Cidade Alegria, numa localidade conhecida por "zona do medo" devido aos altos índices de criminalidade.
- Enquanto estamos construindo a Igreja Batista no Boa Vista II uma equipe de missionários está desenvolvendo trabalhos sociais junto à comunidade da Cidade Alegria. Atendemos a uma média de 500 pessoas por dia, totalizando cerca de três mil pessoas de todas as idades - disse o pastor, explicando que os atendimentos foram basicamente de evangelização, recreação - com atividades de teatro, leitura e pintura - para as crianças, corte de cabelo, tratamento dentário, aferição de pressão arterial, medição da glicose, doação de óculos de leitura (mediante a apresentação de receita médica), distribuição de kits de higiene bucal (creme dental, revelador bacteriano, fio dental e escova de dentes) para a comunidade e para os alunos do Ciep, além de palestras sobre a importância da higiene bucal.
Durante toda a semana os voluntários visitaram as escolas públicas da Grande Alegria para convidar os moradores do entorno para serem atendidos no Ciep. A procura foi grande, e muitos moradores saíram satisfeitos com o atendimento e se mostraram surpresos com o fato de a iniciativa não ter vínculo com ações políticas. O impacto das ações foi considerado muito positivo entre os que procuraram os serviços.
- Estou gostando muito, estou sendo bem atendido. Quero medir a pressão, a glicose e substituir meus óculos de leitura - disse o aposentado João Inácio, de 65 anos, morador da Cidade Alegria e que ficou sabendo dos atendimentos através de um amigo.
Para a coordenadora do intercâmbio nos Estados Unidos, a norte-americana radicada no Brasil Karin Gray, o trabalho foi feito com muita dedicação e o resultado ficou dentro do esperado, apesar de haver na equipe brasileiros que não falam inglês e americanos que não entendam o português.
- Já coordenei esse projeto do Rio Grande do Sul à Paraíba. É um intercâmbio muito interessante, porque os americanos só dispõem de duas semanas de férias e mesmo assim vêm para cá para ajudar. Há missionários que já vieram 14 vezes ao Brasil, eles amam muito este trabalho - disse a coordenadora.
Outras igrejas construídas com a solidariedade de um grupo diferente de missionários este ano é a de Itatiaia, e no ano passado eles construíram o templo do Jardim Esperança.
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