quarta-feira, 6 de abril de 2011

Renova Resende Entrevista Silvio de Carvalho - 2ª Parte


Hoje estamos postando a continuação da Entrevista de Silvio de Carvalho ao Comitê Suprapartidário Renova Resende, no último dia 24 de março.


Comitê Suprapartidário Renova Resende: Você acha que a responsabilidade da derrota na eleição foi de seu secretariado e assessores?


Silvio de Carvalho: Essa responsabilidade e as decisões eram minhas. Então eu tenho que pagar um preço por tomar decisões erradas. Eu cobro mais de mim mesmo porque os grandes erros estratégicos fui eu quem cometi. Mas eu me orgulho de ter cometido alguns deles. Por exemplo, de ter aberto o governo pra todo mundo de não ter tido empreguismo, de ter baixado as contas e melhorados os números. Eu me orgulhava disso, mas isso não ganha eleição. Eu fui muito duro com os outros. Por isso me achavam arrogante e brigão. Ninguém fazia uma compra na prefeitura sem passar por mim.

CSRR: Você acha que fez política no seu governo?

Silvio: Eu cometi o erro de fazer pouca política. O projeto Planos de Cargos e Salários que o Rechuan aprovou é um pedaço do projeto que nós deixamos, da reforma. Era muito revolucionário para a administração pública, mas teve um preço. Eu cheguei a ser vaiado na câmara por tentar revolucionar. Eu perdi a eleição porque eu quis ser um politico diferente. Fiz um governo técnico, mas a sociedade quer um governo político com benefícios.

CSRR: Qual o seu projeto político a nível de disputar uma eleição?

Silvio: Nenhum. Porque eu acho que a nossa família paga um preço muito grande. A politica é um sacerdócio e é preciso dedicação, mas eu preciso tocar meus negócios. Preciso sustentar a minha família. Eu não vivo da política. Sou empresário e não tenho ninguém para fazer isso por mim.

CSRR: O que você acha do trânsito hoje?

Silvio: Eu acho que houveram tentativas. Houve boa intenção. Nós deixamos um plano de trânsito pronto e aprovado. Só não aprovei o plano diretor porque o prefeito seria outro. O atual prefeito aprovou o nosso projeto de lei com uma politica de trânsito completamente diferente dessa. A lei de trânsito de Resende é outra. Ele errou na concepção. Aumentou a velocidade em que as pessoas passam pelo centro. Quando o correto era diminuir para o consumo ser maior. Hoje as pessoas passam correndo e não param. O índice de atropelamentos e acidentes aumentou muito. Os cruzamentos são feitos contra a lei do trânsito. É só trazer um engenheiro de trânsito que ele vai dizer está errado.

CSRR: Resende está preparada para o desenvolvimento?

Silvio: Esse desenvolvimento é contínuo. Por isso criamos e trouxemos vários cursos de ensino superior gratuitos, CVT, Faetec e outros. Investimos muito em educação.

CSRR: Como você avalia a situação dos prefeitos da região das agulhas negras que não tem uma representação na Alerj e em Brasília, em especial Resende, cujo o prefeito não apoiou o governador nas últimas eleições?

Silvio: Eu não diria que ele não apoiou. O certo seria não apoiar por questões partidárias, mas ele fez vista grossa. Enfim, eu acho que foi uma perda muito grande (não ter eleito ninguém da região). Muitas coisas que a população quer, são de responsabilidade do Estado e a prefeitura não tem dinheiro e nem obrigação de fazer, mas a prefeitura faz. Temos que nos juntar para gastar menos. Por exemplo: o hospital de Resende tem uma função, o de Itatiaia tem a mesma função e o de Porto Real tem a mesma função. Porque não integrar isso e dividir as responsabilidades. Resende tem uma função, Itatiaia outra e assim por diante. Estamos perto um do outro e podemos fazer assim. Ação consorciada vai dividir os custos. Mas no Brasil ainda temos muitas coisas. A gente tem que colocar um pirulito laranja na rua ou ladrilhos nos postos de saúde para dizer: “essa é minha marca de governo”. Marca de governo não é personalizar, é fazer o bem a população.

CSRR: Existe a obra da construção da escola da Morada do Contorno, que se iniciou no seu governo, parece tinha dinheiro em caixa de um convênio com o FNDE e ainda não foi concluída após mais de dois anos. A que você atribui essa demora?

Silvio: Parece que a firma fechou, eu não sei exatamente qual foi o problema. Mas antes de fechar dava pra acabar. Ali é questão de vontade, se a primeira da licitação não deu, chama-se a segunda. O problema é que se mudou o projeto várias vezes, como o posto de saúde da Cidade da Alegria e outros. Essas intervenções é o que compromete o projeto. Encarece a obra e pelo o que eu sei, isso vai dar rolo no Tribunal de Contas por que se constrói parede, destrói parede e a obra encarece e não termina.


Continua...


Sexta-Feira, a última parte da Entrevista









Um comentário:

  1. Quer dizer que o Rechuan pegou o projeto do Silvinho e fez uma cópia mal feita?

    ResponderExcluir