REENCONTRO DE SILVIO DE CARVALHO COM A POLÍTICA
No último dia 24 de março, o Comitê Suprapartidário Renova Resende recebeu em seu ciclo de entrevistas o ex-prefeito de Resende, Silvio de Carvalho. Muito à vontade êle respondeu, perante a uma platéia composta de mais de 30 pessoas convidadas e formadoras de opinião, a todas as perguntas e falou sobre tudo. Uma noite histórica e memorável, para a política de Resende, onde Silvinho, pela primeira vez, pode revelar toda a verdade, sucesso, arrependimento e alegria de seu governo, que estava atravessado na garganta, que o incomodava e tinha que ser colocado para fora. Silvio disse que foi a primeira entrevista após a derrota para Rechuan. A primeira, porque até então, ninguém o tinha procurado para falar sobre o assunto. Disse ainda, que a imprensa local o deixou de lado, mas êle tinha muito a falar e falou.
Por ser uma entrevista longa, mais de 90 minutos de debate e discussão, essa matéria, para não privar os blogueiros de informações, será dividida em duas partes:
I – PARTE. O ASPECTO POLÍTICO DE SEU GOVERNO.
II – PARTE – ERROS E ACERTOS DE UM GOVERNO TÉCNICO.
O ASPECTO POLÍTICO DE SEU GOVERNO.
Sobre o aspecto político de seu governo, Silvinho disse: Recebemos no dia 1º de jan de 2005 uma prefeitura endividada com mais de 130 milhões de dívida de governos anteriores, sendo 67%, desse total, a empresários e fornecedores da prefeitura, do governo Meohas. A folha de pagamento estava inchada pelo contrato de funcionários temporários. Meus adversários tinham aberto um processo de cassação de minha eleição, por abuso do poder econômico, o que me impediu de trabalhar à vontade no primeiro ano. Tive no primeiro momento, de sanear a prefeitura, aliviar a folha de pagamento e iniciar a reforma administrativa, para inserir minha marca de governo:Inovação, Solidariedade e Desenvolvimento, pensada e resultante de mais de um ano de planejamento e estudo, antes de assumir a prefeitura. Fiz um governo pra mim mesmo. Quis fazer um governo utópico. Fiz um governo duro demais, sem aceitar dinheiro ou ajuda de ninguém. Fui honesto. Mas a sociedade não é tão dura, ela quer uma flexibilidade. Contrariei muitos interesses para fazer o que era o certo, mas o certo não é o mais importante. O possível é o mais importante. Muitos acham que ter a razão é prevalecer, mas a razão não prevalece sobre nada. O que prevalece é a harmonia e eu quis impor a razão e foi um grande erro. Outro erro, foi não divulgar o que fizemos. Fiz opção de trabalhar para os pobres, asfaltando os bairros da periferia e IPTU com cota social, mas infelizmente os pobres não formam opinião. Eu fui muito duro com os outros, por isso, me achavam arrogante e brigão. Ninguém fazia uma compra na prefeitura sem passar por mim. Eu cometi o erro de fazer pouca política, não inaugurando obras que realizamos. O projeto, Planos de Cargos e Salários que o Rechuan aprovou é um pedaço do projeto que nós deixamos, da reforma. Era muito revolucionário para a administração pública, mas paguei um preço. Eu cheguei a ser vaiado na câmara por tentar revolucionar. Fiz um governo técnico, mas a sociedade quer um governo político com benefícios. Eu não sou um bom gestor para quem quer ganhar dinheiro com a prefeitura. Eu sou um bom gestor para fazer obras, para realizar, construir. Eu contrariei a muitos interesses, eu sei disso e não quero mudar. Eu aprendi na política que você tem que se aliar a todos que tem o mesmo pensamento que você. Ninguém é melhor que ninguém. Eu só não me alio com bandido, assassino e ladrão. Eu perdi a eleição porque eu quis ser um político diferente. Fiz um governo técnico, mas a sociedade quer um governo político com benefícios. Fiz uma grande parceria com o governo do Estado, do qual tive apoio, nos grandes projetos realizados. Fiz política internacional com países asiáticos e europeus para trazer grandes empresas e negócios, entre eles o trem-bala. Fiz parcerias com os prefeitos vizinhos para implantar os Consórcios. A todos eles e instituições agradeço o apreço, a consideração e o carinho que sempre me trataram. Infelizmente não pude agradar a todos, ninguém consegue. Governar sem apoio político é difícil, porque dependemos de recursos estadual e federal, e infelizmente a Região da Agulhas Negras, não tem representantes nas esferas federal e estadual. É preciso unirmos para buscar soluções para os nossos problemas. Finalizou.
Texto: Édino Camoleze (CSRR)
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