domingo, 16 de outubro de 2011

Assembleia vai fundar sindicato em Resende


Um edital assinado por Rodinei Guimarães de Souza, em nome da Comissão Pró-Fundação de um sindicato de metalúrgicos de Resende, Porto Real e Itatiaia convoca uma assembleia geral para a formação da entidade, o que em tese retiraria um número significativo de trabalhadores da base do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, que atualmente representa esses profissionais.
O ex-aliado de Renato Soares, Walderli Jordão, atribuiu a fundação do novo sindicato a uma estratégia da Força Sindical, central a que o Sindicato dos Metalúrgicos se filiou recentemente. Jordão disse ainda que Rodinei Guimarães de Souza, que assina o edital de convocação, é ligado a Renato, e que teria conseguido emprego em uma empresa de Resende com a ajuda do presidente do sindicato. O edital foi publicado no site Mundo Sindical em 5 de outubro.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Renato Soares, afirmou que não tinha nada a comentar sobre o assunto.
A assembleia que vai decidir sobre a fundação do novo sindicato está marcada para amanhã, segunda-feira, com primeira convocação ao meio dia e segunda às 13h30 min, na Estrada Resende-Vargem Grande, Km 34,5.
O principal motivo para a fundação da nova entidade, que vai dividir o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense se realmente for criada, seria a filiação à Força Sindical, anunciada por Renato há cerca de um mês.
Se for realmente criado, o novo sindicato atenderá a integrantes de um mercado de trabalho significativo para metalúrgicos nas cidades de Resende, Porto Real e Itatiaia, que ocorreu nos últimos 15 anos, com a chegada de empresas como a Man Latin America, PSA Peugeot Citroën, Votorantim Siderurgia e agora a futura montadora da Nissan. Esses metalúrgicos estão, em sua maioria, ligados à indústria automotiva, com os empregados da fábrica de aços longos da Votorantim Siderurgia sendo a exceção.

Oposição

Jordão afirmou que a divisão da base do sindicato prejudica a categoria. Segundo ele, as perdas acontecem não apenas em termos da capacidade de obter recursos, mas também no caso de uma greve.
- Quando um sindicato pede recursos no BNDES, na Organização Internacional do Trabalho (OIT) ou mesmo em uma central sindical, a primeira coisa que eles olham é a base. Isso já prejudica. Além disso, em caso de greve, o sindicato pode mandar trabalhadores de Volta Redonda para ajudar no convencimento em Resende e vice-versa. Isso dá mais segurança contra retaliações das empresas. E eu não descarto que esteja havendo alguma medida judicial contra Renato por causa da eleição de 2010 - disse Jordão.


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