sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Renault PR quer produzir um veículo por minuto


O presidente mundial do grupo Renault-Nissan, Carlos Ghosn, oficializou na semana passada, em Curitiba, o montante de R$1,5 bilhão em investimentos da marca no Paraná até 2015.
Ao lado do governador do Paraná, Beto Richa (PDT), Ghosn adiantou que desse total R$ 500 milhões devem ser destinados a equipamentos (tecnologia) e novas contratações, o maior volume vai para o desenvolvimento de novos produtos.
A expectativa do grupo é lançar pelo menos mais 13 modelos no mercado até o final de 2015 e, assim, aumentar o percentual de oferta de produtos de 76% para 90%.
A injeção financeira traduzida em números representa um crescimento na produção atual para 383 mil veículos produzidos por ano, o que, segundo a Renault, é um aumento equivalente à capacidade produtiva de uma nova unidade.
A estrutura física de São José dos Pinhais deve ser ampliada e haverá ainda investimentos no sistema de produção com a adoção de novas tecnologias.
A fábrica tem capacidade para produzir hoje 45 veículos/hora, a expectativa com este incremento é que o volume produzido salte para 60 veículos/hora, ou seja, a unidade do Paraná teria capacidade para produzir nada menos que um carro por minuto.
O secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, disse que a nova rodada de investimentos da Renault no Paraná consolida o parque automotivo estadual, o segundo polo brasileiro em número de montadoras.
Os termos exatos do acordo não foram revelados na entrevista coletiva, mas sabe-se que entre as vantagens está o suporte do Programa Paraná Competitivo, que prevê benefícios fiscais e investimentos por parte do governo, especialmente no Porto de Paranaguá.
A partir dos investimentos da Renault, a capacidade produtiva da unidade deve passar dos atuais 280 mil veículos/ano para 383 mil veículos/ano.
Credibilidade
De acordo com Ghosn, o Brasil merece novos investimentos porque tem condições de alcançar a mesma média de consumo de veículos na Europa nos próximos anos.
"A crise econômica internacional não alterou nossos planos de investimento", disse. "Acreditamos que ela só deve afetar o País na taxa de crescimento, mas o processo vai continuar".
O presidente mundial da Renault acrescentou que tem confiança na economia brasileira e mesmo que o País passe por um período difícil não deve ultrapassar um ano, já os investimentos no Brasil são de longo prazo, para as próximas duas décadas.
A montadora vai direcionar recursos para o desenvolvimento de novos produtos no centro de engenharia, inclusive com a ampliação do número de profissionais, um centro de treinamento e mais uma área para a logística.
De acordo com o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, o Estado ganha com a geração de empregos, e o aumento da arrecadação promove o crescimento do consumo, refletindo positivamente em todo o território paranaense.
Até o final deste ano, a montadora espera preencher mais 1 mil novos postos de trabalho e vai duplicar a oferta de vagas nos próximos anos, somando dois mil novos empregos diretos.
A empresa também movimenta setores paralelos e mantém uma rede de pelo menos 55 fornecedores locais para dar suporte à produção da fábrica. Além da ampliação da unidade de São José dos Pinhais, Ghosn anunciou a construção de um centro de operações logísticas de 100 mil metros quadrados na cidade de Piraquara. (Repórter acompanhou a visita de Ghosn, a convite da Renault)
Expectativa
90% Índice de cobertura do mercado brasileiro, com o lançamento de novos produtos.
Última notícia
Ghosn anunciou quinta-feira (6) investimentos de R$ 2,6 bilhões para construir uma nova fábrica em Resende (RJ). A unidade deve entrar em operação em 2014, com capacidade para produzir 200 mil unidades/ano.



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