Um caso de meningite meningocócica foi confirmado hoje na terça-feira (29) em Resende, pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O paciente é um menino de cinco anos, que mora com a família na região do Paraíso. Ele foi atendido inicialmente na sexta-feira (25), no Hospital Municipal de Emergência, apresentando um quadro de febre alta e fortes dores pelo corpo. Transferido para uma unidade médica da rede particular, o menino permanecia internado até o começo da tarde desta terça-feira, dia 29 de novembro, mas, segundo o Serviço de Vigilância Epidemiológica da Prefeitura, que acompanha o caso, ele já apresenta melhoras em seu quadro.
Uma equipe de profissionais do Programa Saúde da Família e da Secretaria de Ação Social e Direitos Humanos do Município realizou uma vistoria na casa do paciente, onde vivem seis pessoas adultas e cinco crianças. Todos os moradores do imóvel foram imediatamente medicados visando à diminuição dos riscos da transmissão da bactéria.
Segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Regina Célia Cesário Azenha, o Município já registrou este ano 17 casos suspeitos de meningite de variados tipos, entre janeiro e novembro, sendo nove casos confirmados, dos quais três pacientes morreram. Outros seis casos foram descartados e dois aguardam resultado de exames. Durante todo o ano de 2010 foram sete casos suspeitos, cinco confirmações e um óbito.
A coordenadora explicou que o período mais propício para a propagação da doença é o inverno, quando as pessoas costumam manter suas casas fechadas, facilitando assim a propagação do vírus. Mas ela ocorre também em outras estações do ano. Existem vários tipos de meningite, que é uma inflamação da meninge, membrana que envolve o cérebro. Eles podem ser causados por bactéria, vírus ou fungo. No caso da bacteriana, por meningocócico, como é o caso da criança internada esta semana, o tratamento é feito com antibióticos. Todos os casos requerem atenção, já que podem levar o paciente a óbito.
A orientação da Secretaria Municipal de Saúde é que as pessoas fiquem atentas aos sintomas da doença. São eles: febre alta, cefaléia (dor de cabeça), vômito em jato, rigidez na nuca e manchas vermelhas pelo corpo. Caso ocorra um destes sintomas, deve-se procurar uma unidade médica para a investigação da doença, o que, diante da confirmação da suspeita, garantirá o início imediato do tratamento. A meningite não só leva a morte, mas pode deixar seqüelas, como surdez e dificuldade de aprendizagem.
- Todas as unidades médicas do Município têm orientação para encaminhar pacientes com suspeita de meningite ao Hospital de Emergência, onde é coletado o líquido cefalorraquiano (líquor) situado na coluna vertebral. O material é encaminhado ao laboratório do Instituto de Infectologia São Sebastião, no Rio de Janeiro e o resultado inicial é conhecido rapidamente. A partir daí, são feitos os exames de cultura e monocultura, nos laboratórios Lacen ou na Fundação Osvaldo Cruz, onde acontece uma pesquisa mais minuciosa para identificar o tipo da doença e o sorotipo - explicou a Regina Célia, salientando que a vacina contra a meningite meningocócica do tipo C é fornecida gratuitamente pela Secretaria Municipal de Saúde no calendário anual de vacinas das crianças.
Outro procedimento adotado pela Prefeitura quando surgem casos suspeitos da doença é a visita das equipes de saúde à residência, vizinhos, escola ou creche aonde possa haver pessoas que tenham tido contato com o paciente dez dias antes do surgimento dos sintomas. Com a confirmação do caso, essas pessoas recebem o tratamento quimioprofiláxico, com medicamentos para evitar o contágio. A melhor forma de prevenção é manter a casa limpa e bem arejada. Os médicos também indicam cuidados básicos de higiene, como lavar as mãos antes de cada refeição.
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