quinta-feira, 19 de abril de 2012

Bens do prefeito Rechuan são bloqueados


Ontem, o prefeito José Rechuan (PP) amanheceu com uma notícia indigesta: seus bens foram bloqueados, por determinação da Justiça. Em entrevista exclusiva, o político confirmou a veracidade da informação, frisando que está "absolutamente tranquilo" em relação ao assunto. Rechuan defendeu-se das acusações, demonstrando transparência, e foi taxativo ao dizer que a responsável pela decisão pode ter sido induzida ao erro, supostamente por seus opositores.

Segundo dados a que o JORNAL DIÁRIO DO VALE teve acesso, através do site do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro), a desembargadora relatora da ação, Flávia Romano de Rezende, foi quem decretou a indisponibilidade dos bens do chefe do Executivo.

De acordo com a liminar expedida por ela - datada do último dia 13 -, o TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro) considerou ilegal a contratação de transportes escolares pela prefeitura, que teria sido realizada sem licitação. A decisão lembra que o órgão, por meio de inspeção nos contratos, optou pela condenação de Rechuan, obrigando-o a devolver R$ 1,4 milhão aos cofres públicos.


‘Usaram documentos forçados para me condenar', argumenta o prefeito

Questionado sobre a procedência da notícia, o médico foi direto ao assunto. Ele foi incisivo nas respostas, e em nenhum momento recuou diante das perguntas.

- Na verdade, estou tão surpreso quanto a imprensa, até porque não acredito que o dinheiro de alguém possa ser bloqueado sem o depoimento de todas as partes envolvidas. Estou seguro da retidão da prefeitura, bem como da lisura de todos os contratos firmados durante o nosso mandato. Sendo assim, estamos absolutamente tranquilos quanto aos processos, tanto que nossos advogados já foram para o Rio tentar reverter a determinação. Ainda hoje, o quadro pode mudar, pois, de fato, nem sabemos direito do que se trata - explicou.

Continuando seus esclarecimentos, o prefeito levantou aspectos que, segundo ele, podem ter motivado a decisão da desembargadora.

- Acredito que a desembargadora tenha sido induzida ao erro, através de documentos forçados, pois ela decretou a indisponibilidade dos bens sem sequer me ouvir - argumentou.

Em relação à origem do processo, Rechuan insinuou que o documento é um ataque advindo de seus adversários políticos.

- Quem mexe com essa ação é o mesmo advogado que está movendo todas as outras, desde o início. Não quero acusar ninguém, mas ano político tem dessas coisas. Quando as pessoas esgotam as tentativas de tentar nos derrubar, recorrem ao Judiciário - contra-atacou.

- Pelos bons resultados que nossa administração tem alcançado, é natural que quem não conseguiu fazer o mesmo se sinta incomodado - acrescentou, alfinetando a oposição.

Durante suas falas, o líder do governo municipal salientou inúmeras vezes que é inocente.

- Minha consciência está tranquila, tanto na parte pessoal quanto política. Meus bens estão à disposição para quaisquer verificações. É óbvio que a situação é altamente desagradável, no entanto, repito que nos mantemos absolutamente serenos na condução do caso - frisou.

O chefe do Executivo aproveitou o espaço para deixar um recado:

- Não deixaremos de fazer nada pela população de Resende, porque estamos convictos de nosso bom trabalho. Não vou me furtar de continuar nossas atividades, afinal, o mal nunca vence o bem. A Justiça tarda, mas, não falha. E complementou:

- Do meu ponto de vista, enquanto cristão, não há algo capaz de tapar a verdade por muito tempo. No mais, sou um homem público e sei que estou exposto a esse tipo de investida, embora ache lamentável que existam posturas do gênero na cidade.

Por fim, Rechuan reiterou que seguirá firme à frente da prefeitura, "sem fraquejar".

- Não vou mudar minha postura apenas porque alguém resolveu bagunçar a minha vida pessoal. Meus funcionários todos têm carteira assinada, sou um cidadão comum, trabalhador, e me basta a consciência em paz. Mesmo assim, como estou prefeito, fico mais vulnerável, e vou enfrentar tudo que vier para fazer o bem à população - arrematou.

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