Foto: João Marcos Coelho
A indisponibilidade do patrimônio do prefeito José Rechuan (PP), divulgada na semana passada, continua dando o que falar. O político revelou que seus advogados enviaram um agravo ao TJ-RJ (Tribunal de Justiça do estado do Rio de Janeiro), detalhando as informações necessárias para que a determinação seja revertida.
Ele explicou que o documento encaminhado ao tribunal estaria repleto de informações que provam sua inocência, e do Executivo como um todo.
- Enviamos o agravo ao TJ-RJ. É muito simples o que explicamos: o serviço de transporte público foi prestado, nenhuma criança ficou sem ir à escola por falta de ônibus. Portanto, não há necessidade de devolver recurso algum - esclareceu. E completou: "O TCE solicitou que nos defendêssemos, e é isso que fizemos. Não há condenação. O órgão pediu uma posição: ou comprovámos que o recurso foi empregado, ou devolvíamos o dinheiro, e demonstramos a veracidade da primeira alternativa".
Pela primeira vez, o chefe do Executivo afirmou que o ataque estaria sendo orquestrado por pessoas supostamente ligadas ao ex-deputado estadual, Noel de Carvalho (PMDB), que deverá ser adversário do atual governo nas próximas eleições.
- O advogado é o mesmo que responde a improbidades, cometidas na época em que ele era nomeado no gabinete do Noel de Carvalho, que, por sinal, deverá ser nosso adversário no pleito deste ano - polemizou.
O ex-prefeito Noel de Carvalho se defendeu:
- Se for o Marcelo Dias, ele realmente trabalhou comigo. Entretanto, nunca fiquei sabendo que ele estaria envolvido em quaisquer irregularidades. Como o gabinete era meu, caso fosse verdade a acusação do atual prefeito, acho que eu ficaria sabendo das tais improbidades, né?
O advogado Marcelo Macedo Dias apresentou sua versão: "O que aconteceu foi que fizeram, em 2009, uma denúncia dizendo que eu estava nomeado, simultaneamente, na Câmara Municipal e na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Porém, as questões foram esclarecidas, de modo que toda a defesa já foi apresentada, ficando provado que não houve má fé nem lesão".
Entenda o caso
A desembargadora do TJ-RJ, Flávia Romano de Rezende, foi quem decretou o bloqueio dos bens de Rechuan. De acordo com a liminar expedida por ela - datada do último dia 13 -, o TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro) considerou ilegal a contratação de transportes escolares pela prefeitura, que teria sido realizada sem licitação.
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