sábado, 29 de junho de 2013

Aeroporto de Resende pode ficar sem voos

A recusa do Coronel Clovis Travassos Evangelista, diretor do Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo da Força Aérea Brasileira, em assinar o acordo fechado entre o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DCEA), a Força Aérea Brasileira (FAB), os setores de Proteção do Espaço Áereo dos estados do Rio, São Paulo e Paraná para estabelecer a rota dos voos comerciais sobre Resende pode impedir a retomada das operações da Azul Linhas Aéreas (antiga Trip Linhas Aéreas) no município. Segundo informações de fontes próximas à negociação, Travassos teria afirmado que não tinha conhecimento do acordo para se recusar a assiná-lo.
- Houve diversas reuniões para o fechamento do acordo. O coronel Travassos foi convidado, mas não participou de nenhuma - afirmou a fonte.
O secretário de Indústria, Tecnologia e Serviços de Resende, Edgar Moreira, vai tentar solucionar o problema antes da data marcada para o início dos voos. Ele estaria se preparando para negociar uma solução no Rio ou em Brasília, segundo informações obtidas pelo DIÁRIO DO VALE.
Se o impasse continuar, as operações da Azul devem ser novamente adiadas. No entanto, a empresa já oferece, em seu site, passagens para destinos em todo o Brasil a partir de Resende. Os voos devem começar em 4 de julho, se o impasse for resolvido, e os preços podem ser consultados no site da empresa aérea. Haverá partidas diárias para o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), de onde serão feitas conexões para destinos em todo o Brasil.
A Azul Linhas Aéreas afirmou através d3e nota à imprensa que voltará a operar em Resende, um dos maiores municípios fluminenses a partir de 4 de julho.  "Agora, a macro-região formada por Resende, Volta Redonda, Barra Mansa, Porto Real e Itatiaia será servida por voos diretos a Campinas (SP), onde é possível realizar conexões com rapidez para mais de 50 destinos operados pela companhia em todo Brasil. Com a nova rota, a cidade de Varginha também ganhará voos diretos para Resende. As operações serão realizadas com os turboélices ATR 42, que tem capacidade para 48 assentos. Os voos serão operados diariamente, exceto aos fins de semana", diz a nota.
Em Viracopos, além das conexões, os clientes da Azul poderão seguir viagem rumo a São Paulo e algumas cidades do interior por meio de ônibus disponibilizados gratuitamente pela . "Os voos no aeroporto Agulhas Negras devem incrementar o desenvolvimento econômico de Resende, não apenas no segmento industrial, mas também na área de turismo", afirma Marcelo Bento, diretor de Planejamento da Azul Linhas Aéreas  Brasileiras.
Para marcar o retorno da Azul à cidade, a companhia está com tarifas especiais, com destaque para os trechos: Resende/Campinas a partir de R$ 83,90 e Varginha/Resende a partir de R$31,90. As passagens já estão disponíveis em todos os canais de venda da Azul.
Outros destinos podem ser alcançados com conexão em São Paulo. No entanto, fazer as conexões com voos da própria Trip pode representar um bom tempo de espera no aeroporto. Nesse caso, é recomendável consultar uma agência de viagens e fazer conexões com voos de outras empresas aéreas.

Vantagens

A vantagem mais óbvia da viagem de avião sobre a rodoviária é o tempo. Um profissional de remuneração média (R$ 3,6 mil por mês) "custa" cerca de R$ 25 por hora para seu empregador, considerados os encargos sociais. Se ele passar cinco horas e dez minutos dentro de um ônibus, a viagem vai custar mais de R$ 120 para a empresa, já que ele estará recebendo sem produzir. Acrescentado o custo do bilhete, o valor vai a cerca de R$ 170.
De avião, a viagem custa R$ 84 do bilhete e R$ 28 de tempo improdutivo dentro do aparelho. O custo fica em R$ 112, quase R$ 60 a menos que a viagem de ônibus. Considerando uma viagem de ida e volta, a diferença fica em R$ 120. Viagens pagas por empresas, porém, costumam ter bonificações pela compra frequente e vantagens em termos de prazo de pagamento, o que reduz o custo. A outra vantagem da viagem de avião é a segurança. A viagem aérea tem muito menos probabilidade de ocorrência de acidentes que a rodoviária.
Os ônibus, nessa comparação, levam vantagem no preço e - como a Azul ainda tem pouca frequência de voos a partir de Resende - na flexibilidade de horários. Um tipo de viagem muito comum entre profissionais cariocas e paulistas - o "bate e volta", quando a pessoa toma uma ponte aérea pela manhã, faz o seu trabalho e volta no fim da tarde, ainda não é possível com os voos que partem de Resende. Com os ônibus, isso é possível, desde que o profissional concorde em sair cedo pela manhã e voltar após as 20 horas para casa.


Governo assina convênio para ter novo plano aeroviário

Melhorias nas condições de acesso, maior capacidade de mobilidade interna e segurança de navegação são alguns dos itens destacados no contrato assinado na semana passada entre a Secretaria de Transportes e a empresa americana Leigh Fisher, para o desenvolvimento do novo Plano Aeroviário do Estado do Rio de Janeiro. Com financiamento da Agência Americana de Comércio e Desenvolvimento (USTDA), o estudo, avaliado em US$ 485 mil, vai indicar projetos de modernização de aeroportos regionais e heliportos. Regiões como Cabo Frio, Angra dos Reis, Paraty, Resende e Itaperuna fazem parte dos municípios selecionados para fazer parte do programa.
Os estudos para o novo Plano Aeroviário, atualizado pela última vez em 2003, serão iniciados no mês de julho. Doze aeroportos foram selecionados pela secretaria para fazer parte do planejamento. A proposta é apresentar as principais necessidades dos equipamentos aeroviários, que apresentam demandas cada vez maiores no interior e na Região Metropolitana. Dos aeroportos selecionados, nove fazem parte do Programa Federal lançado em dezembro de 2012.
A Leigh Fisher tem larga experiência no segmento. A empresa americana é a mesma que prepara os estudos técnicos para modelagem dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos-Campinas, Galeão, Confins e Brasília, encomendados pelo Governo Federal.
Para o secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, o estudo é de extrema importância para o Estado, em função do expressivo crescimento na demanda de passageiros e na movimentação de cargas.
- A revisão do plano aeroviário contribuirá para o diagnóstico das principais necessidades do setor, tendo em vista o crescente número de passageiros no sistema, além de auxiliar nas regulamentações de segurança, logística de cargas, apoio ‘offshore' e na melhoria no atendimento do alto índice de aeronaves que atendem o setor de petróleo, e habilita o Estado do Rio a um melhor posicionamento no Programa Federal para receber melhorias nos aeroportos - afirmou Julio Lopes.



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