quinta-feira, 6 de junho de 2013

Exclusivo! Entrevista com o presidente do PPS - Resende-RJ, Jayme Muniz

1.  LEANDRO RESENDE: Com a fusão do PPS com o PMN, o que muda para o seu partido?
JAYME MUNIZ: O partido não muda, deixa de existir, surge um partido com um novo estatuto. É claro que um partido é feito de pessoas, e a grande maioria das lideranças do PPS permanecerão no MD. Portanto, a "alma" do partido é a mesma. Nasce um partido mais forte, com uma representatividade política maior. Mas ainda é cedo para fazer maiores análises.

2.  LR:Como está o partido hoje em Resende, com a notícia de que os seus vereadores podem ir para outros partidos?
JM: O PPS foi o maior vitorioso na eleição de 2012, ninguém esperava que fossemos o terceiro partido mais votado na votação de vereadores. Não será pela saída de 01, 02 ou 03 pessoas que isso será apagado. Estamos aguardando os acontecimentos para fazer uma grande reunião do grupo do PPS. Oficialmente não recebemos nenhuma informação de qualquer filiado que queira sair do partido.

3.   LR:  É verdade que sua relação com os vereadores Tisga e Barra Mansa já não está tão boa?
JM: A forma desrespeitosa como os dois companheiros estão agindo gera um desconforto natural, ainda mais se tratando de pessoas que só sào vereadores hoje graças ao apoio dado pelo partido, tiveram candidaturas complicadas, com dificuldades, e período após a eleição também complicado, mas o partido deu apoio mais do que normal. Acredito que falta uma postura mais correta, e preocupa-me as prioridades que eles podem estar começando a dar às suas vidas públicas.

4.  LR: Se sente traído por saber pela imprensa que um vereador está deixando o partido?
JM: Quando os dois precisavam de qualquer coisa do partido ou de mim, ligavam e prontamente os atendia. Era só ligar que eu estava na porta da casa dos dois para atendê-los. Agora que a conveniência ruma pra outro caminho, percebemos que os interesses são mais pessoais, de comodidades, justificados com argumentos frágeis. Mas o que me deixa triste é ler declarações demagógicas. Pelo que estou lendo em jornais e nas redes sociais, os vereadores estão alegando o fato do PPS ser oposição aos Governos Estadual e Federal como razão pela saída do PPS. Claro que o motivo não é este. Quando estiveram comigo deixaram bem claro que o motivo é que eles querem se aproximar do governo do Rechuan, e isso não é desculpa para a saída, pois em nenhum momento o PPS determinou uma oposição, apenas não gostaríamos de compactuar com questões diferentes das bandeiras do partido, mas sempre permitimos a aproximação e o diálogo com o Rechuan. 

   LR:  É verdade que você deixará o agora MD (PPS-PMN)?
JM: Não passa isso pela minha cabeça. Fui contra a fusão, mas não vou abandonar o barco. O que estamos pensando é em promover a oportunidade para que novos companheiros assumam o partido, não quero me perpetuar na presidência do partido. Além disso, existe uma orientação nacional para que os vereadores de mandato assumam o partido nos municípios. A nível partidário vou me dedicar ao trabalho regional, outras pessoas devem assumir a direção em Resende. Isso eu já faria mesmo antes da fusão, pois o PPS teria Convenção agora em junho.

   LR: Arrepende-se de alguma coisa? 
JM: De forma alguma. Ainda acho que o Tisga e o Barra Mansa devem repensar nas suas decisões. E não posso me arrepender de nada que resultou em mais de 10% dos votos da cidade. Acredito que o MD terá uma base muito boa em Resende para iniciar um trabalho, e que nas eleições de 2014 e 2016 será um partido decisivo nos resultados eleitorais na nossa cidade e região. Na grande maioria das cidades o MD está ganhando vereadores, infelizmente logo aqui em Resende a coisa foi diferente.


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