O prefeito de Resende, José Rechuan (PP) afirmou que o PMDB municipal é, hoje, seu adversário, mas que "até as eleições tudo pode mudar". Ele não descarta uma aliança com o partido e afirma que seu relacionamento com deputados da legenda, com o governador Sérgio Cabral e com o vice-governador Luiz Fernando Pezão pode pesar para a formação de uma aliança.
- Pelas informações que tenho o PMDB local tem pré-candidato à prefeitura e, portanto, é nosso adversário, mas olhando lá na frente há possibilidade sim de aliança. A relação de amizade entre o prefeito de Resende e o governador Sérgio Cabral demonstram o desejo do PMDB de construir uma administração conosco - revelou.
Rechuan disse que as decisões não acontecerão agora, e que não sabe o quanto seu bom relacionamento com o governador e membros do PMDB regional e nacional podem, de fato, contribuir para uma aliança. Ele afirmou, no entanto, que a boa relação estabelecida entre as duas esferas (municipal e estadual) já teria demonstrado ser eficiente e que, por isso, não descarta aliança com a legenda.
- Não sei até que ponto essa sinergia entre mim e Cabral pode refletir lá na frente, mas é incontestável o avanço que essa boa relação e essa política moderna trouxe à cidade. Cabral sempre afirma ter amizade por mim e, independente de partidos, sempre demonstrou respeito por Resende. Claro que tudo dependerá da avaliação do PMDB estadual e, por isso, ratifico que até o ano que vem tudo é possível - pontuou.
Reconhecimento
Outra questão apontada pelo prefeito é a de que é preciso que haja entendimento para se fazer a coligação. Segundo ele, a união entre PP e PMDB no município teria que passar por uma avaliação mais profunda e que desconsiderasse situações pessoais.
- Hoje o PMDB é nosso adversário em Resende, mas não podemos esquecer a ajuda que deputados como Pedro Fernandes, que é do partido, deram à cidade, destinando recursos de emendas importantíssimas. Muita gente do PMDB, entre eles o governador e o vice, nos ajudou de sobremaneira a trazer investimentos grandiosos e importantíssimos para Resende. Não colocarei questões pessoais na balança caso seja possível uma aliança, pois governamos para os cidadãos - disse.
Nova legenda favorecerá coligações
De acordo com Rechuan, ele sempre teria mantido uma posição de estreitamento com Cabral e, por isso, o fato de ter escolhido um partido não extremista favoreceria não só a aliança com o PMDB do governador, mas com outros partidos.
- O PP, partido a que me filiei recentemente, tem uma postura de não fechar possibilidades de aliança com nenhuma legenda. É nesta perspectiva que nosso grupo pensa em ampliar o leque de aliados. Estando em um partido de posição extrema referindo-se à sua antiga legenda, o DEM) perdemos coligações que em 2012 poderão ocorrer - previu.
Entre as coligações perdidas o prefeito lembrou a com o Partido dos Trabalhadores, que só não ocorreu por conta de indicações nacionais dos partidos.
- A população espera um entendimento que a favoreça, e é neste sentido que caminha meu grupo político. Portanto, partidos que antes não estavam conosco poderão estar, a exemplo do PT, PTB e PV. Tudo, obviamente, dependerá das alianças. Estes partidos se mostraram parceiros de Resende colocando na cidade recursos, e isso deve ser levado em conta - analisou.
Rechuan nega racha com Noel de Oliveira
O prefeito negou também que teria rompido relações com Noel de Oliveira (PDT) - seu atual vice -, por quem afirmou ter profunda admiração e respeito.
- Eu não tenho um vice, tenho um colega de prefeitura. Resende não tem um prefeito, e sim dois. Nunca houve racha entre nós. Discutimos questões de tamanha relevância para a cidade de igual para igual. Temos divergências comuns, assim como em qualquer relacionamento, mas ele é meu vice e eu o admiro e tenho por ele profundo respeito - esclareceu.
Rechuan disse ainda que nem mesmo seu nome teria sido confirmado para a reeleição - pois ainda não seria o momento -, mas que não tinha dúvida de que todo o grupo político que apoiou a chapa em 2008 teria consciência de que a dobradinha entre ele e Oliveira deve permanecer.
- Nunca tivemos racha. Essas afirmações de racha não passam de boatos que os que já estão em campanha vêm fazendo. Se o grupo entender dessa forma, e eu creio que vá entender, continuaremos com a mesma chapa para 2012 - afirmou.
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