O empresário Luís Guilherme Andrade afirma que foi o vencedor de uma licitação promovida pela prefeitura no ano passado, o que lhe daria o direito de implantar escolas de aviação e de manutenção de aviões no Aeroporto Municipal das Agulhas Negras. Ele afirma estar disposto a fazer investimentos que chegam à casa dos R$ 2 milhões, mas diz estar esbarrando na demora da prefeitura em assinar os contratos.
A SLY - Escola de Aviação Civil - já poderia estar se preparando para operar no município, mas Luís Guilherme disse que o prefeito José Rechuan (PP) teria decidido não assinar o contrato resultante da licitação para não afetar as atividades do aeroclube local.
- Passamos por todas as fases administrativas da licitação e só faltava a assinatura do contrato. Na sexta-feira antes do Carnaval, fui chamado a Resende. Pensei que seria para o fechamento do contrato, mas o prefeito me disse que não assinaria porque não queria criar concorrência para o aeroclube. Ele afirmou isso na frente de outras pessoas - disse Andrade, afirmando que a falta de uma empresa como a que ele quer implantar impossibilita a formação de mão de obra para a manutenção de aviões no município. Andrade nega também que as atividades de sua empresa tragam qualquer problema ao aeroclube.
O secretário municipal de Indústria, Tecnologia e Serviços, Edgar Moreira, confirmou que a licitação foi realizada e vencida pela SLY, e disse que o documento que permitirá a implantação da empresa está com o prefeito.
- Acredito que em breve o contrato será assinado - disse Edgar.
Já o prefeito José Rechuan (PP) afirmou que a implantação de uma escola de aviação e de uma oficina de manutenção no Aeroporto Municipal das Agulhas Negras dependem de uma reunião que ele terá com representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Secretaria Estadual de Transportes para ajustar o funcionamento do local.
- Não farei nada no aeroporto se a Anac não determinar. Não coloco mais nem uma lâmpada lá sem a autorização da agência - afirmou o prefeito.
O prefeito disse ainda que suas prioridades para o aeroporto são a implantação de voos comerciais e a manutenção das atividades do aeroclube local. A prefeitura aguarda que a Trip Linhas Aéreas inicie a exploração de linhas que ligarão a cidade ao Rio e a Campinas (SP), e, por meio de conexões, a dezenas de destinos em todo o Brasil. Para isso, é preciso que a empresa peça autorização à Anac, agora que o aeroporto está liberado para operação pela agência.
Demanda doméstica por voos cresce 7,77% em janeiro
Brasília
Os índices de demanda e oferta do transporte aéreo doméstico atingiram o maior registro para o mês de janeiro desde o início da série Dados Comparativos Avançados, em 2000. A participação das companhias de menor porte no mercado doméstico também aumentou em janeiro de 2012, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Demanda e oferta
A demanda doméstica (passageiros-quilômetros pagos transportados - RPK*) manteve crescimento, com um aumento de 7,77% em relação a janeiro de 2011, enquanto a oferta doméstica teve expansão de 12,23% no mesmo período. Desde 2005 o mês de janeiro vem registrando recorde de demanda e oferta doméstica em relação ao mesmo mês dos anos anteriores. No transporte aéreo internacional de passageiros, a demanda subiu 3,6% em janeiro de 2012 frente a janeiro de 2011, enquanto a oferta caiu 4,33% no mesmo período.
Ocupação de voos
A taxa média de ocupação dos voos domésticos de passageiros alcançou 74,7% em janeiro de 2012, índice 3,97% menor que o de janeiro de 2011, que foi de 77,79%. O mesmo índice nos voos internacionais de passageiros operados por empresas brasileiras alcançou 84,53% em janeiro de 2012, com aumento de 8,3% em relação ao índice de 2011.
Participação de mercado
A TAM e a GOL lideraram o mercado doméstico em janeiro de 2012 com participação (em termos de RPK) de 40,71% e de 34,13%, respectivamente. A soma da participação de mercado das líderes em janeiro de 2012 (74,84%) caiu 7,46% em relação ao mesmo mês de 2011, quando essas empresas somavam 80,87% do mercado.
Isso demonstra que a participação das demais empresas apresentou crescimento de 31,52% no período, tendo passado de 19,13% em janeiro de 2011 para 25,16% em janeiro de 2012.
No mercado internacional, as duas companhias (TAM e GOL) responderam por 98,49% da participação de empresas brasileiras no transporte aéreo, dos quais 86,71% da TAM e 11,78% da GOL. Esse foi o melhor aproveitamento para o mês de janeiro desde o início da série, em 2000.
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