domingo, 13 de julho de 2025

Quando o vereador tem muito a esconder


Eu fico observando certos vereadores em silêncio sepulcral dentro da Câmara. Não fiscalizam, não apresentam propostas, não cobram melhorias e sequer têm coragem de se posicionar em temas importantes para a cidade. E sabe o que é pior? Foram eleitos com a promessa de representar o povo.

Mas como representar o povo quando se tem tanto a esconder?

A ausência de posicionamento muitas vezes é o disfarce da covardia. Ou pior: da conivência. Há vereadores que evitam os debates porque têm rabo preso, porque fizeram acordos escusos, porque temem que, ao levantar a voz contra os problemas, alguém levante a voz contra seus próprios podres.

A política, quando exercida com dignidade, é um ato de coragem. É subir à tribuna para defender o que é certo, mesmo que doa, mesmo que incomode. Mas tem vereador que se esconde atrás do mandato como quem se protege atrás de um biombo, achando que ninguém está vendo. Só que o povo está vendo, sim. E sente.

Sente a omissão no buraco da rua que nunca é consertado. Sente no posto de saúde sem médico. Sente na escola sucateada. Sente quando defende o indefensável. Sente quando não vê sua voz ecoando onde deveria.

E aqui vai um recado direto: quem não honra os votos que recebeu, trai a confiança popular. Quem se cala quando deveria falar, consente. E quem tem muito a esconder não merece estar na vida pública. Mandato é compromisso, não escudo. É transparência, não cortina de fumaça.

Chega de vereadores que só aparecem em época de eleição com sorriso ensaiado e promessas repetidas. O povo não é bobo. E cada vez mais está aprendendo a separar quem trabalha de quem se esconde.

E aí, o seu vereador tem coragem ou tem coisa pra esconder?

Um comentário:

  1. É isso. Acordos pouco republicanos de campanha se transformam em mandatos omissos e cúmplices.

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